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Em uma tarde de outono você lembra-se de uma outra tarde lá na sua infância. Você fazendo o que gostava. Por mais que você tente ser racional aquela cena te induz a entender aquele momento como a essência da sua vida.
Já uma lembrança de verão traz emoções das quais pareciam mais fortes quando você era jovem. Lembrando um amor, você respira fundo e acredita que viveu da maneira correta, ou por mais que volte no tempo, iria deixar tudo como foi.
As flores da primavera tentavam te consolar sobre aquela perda. Não sabe onde, mas um dia você acordou e sua vida não estava mais lá. Alguém roubou o motivo pelo qual seu organismo lutava por mais e mais sentimentos.
E nesta fria noite de inverno você, sentado ao lado da própria lápide, pensa se foi capaz de apenas viver. Sabe que não sabe se viveu da maneira certa e já se conformou que não há como saber. As preocupações de diversos gêneros que te atacaram quando vivo, hoje só permeiam as faculdades responsáveis pela lembrança.
Você não quer perder toda a sua vida, porque não viveria diferente, porque até onde ainda sabe, a oportunidade foi única.

Fonte: novo-mundo.org

x.o.x.o - Fah. Vasconcelos

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