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Nesta segunda, tive que apresentar alguns argumentos a favor da ressocialização dos presos, particularmente de um caso específico, resumidamente esse são os dados do caso:

NOME: Jamys Ferreira Lima
APELIDO: Mixirica
DATA DE NASCIMENTO: 1978 – 31 anos
NATURALIDADE: Maranhão
CRIMES: dois homicídios e tráfico de drogas
HOJE TEM UMA PROFISSÃO DENTRO DA CADEIA, CONSTITUIU UMA FAMÍLIA, E SE SENTE UM CIDADÃO.

Sabemos que é muito difícil defender um caso assim, afinal deixar pessoas como "Jamys" nas ruas, é uma 'faca de dois gumes', ele pode se ressocializar e conviver muito bem em qualquer meio social, como pode se envolver novamente em crimes. Bom segue abaixo o argumento que apresentei, lendo ele, os senhores entenderão um pouco a mais do caso. Antes de analisar o argumento, devemos deixar de lado nosos juizos de valor, e pensar mais como humanos, do que como futuras vítimas.




UM PASSO RUMO A REABILITAÇÃO
 
O primeiro passo para a sua reabilitação é a força de vontade, o “querer ser melhor”, algo que Jamys já tem como certo e meta para sua vida. O que ele fez ou deixou de fazer não vale a pena salientar, afinal ele pagou e paga por isso e não é de forma alguma motivo determinante para não lhe dar uma nova chance. Atualmente, tem uma profissão, habilidades e principalmente uma família.


E o que leva um indivíduo a querer ter uma família? Obviamente é necessário ter a consciência da responsabilidade, do compromisso financeiro e amoroso.

Em algum momento, nos dias de hoje, ficou claro que Jamys não tem essas características? De forma alguma caro júri, muito pelo contrário, alguém que faz o bem e quer o melhor para sua família, que se sente um cidadão não deve e merece a sua ressocialização?

Oportunidades para mudar e ser alguém melhor ele teve na cadeia com o projeto Pintado a Liberdade que, aliás, é muito restrito, afinal só foram sete pessoas escolhidas para trabalhar lá, algo que já prova que Jamys é considerado internamente como alguém que tem responsabilidade e capacidade suficiente para trabalhar em grupo e estar exposto ao meio social. Mas será que ele terá essa mesma oportunidade quando sair da cadeia? Obviamente que não, então o problema não está somente nele, e sim nas oportunidades que deveriam ser fornecidas a ele. Onde está a sociedade e o Estado que tanto condenam, para lhe estender a mão quando Jamys estiver nas ruas, estiver alheio a coisas boas e ruins, sem a certeza de nada, apenas a coragem para tentar, e convenhamos, terá que tentar bastante, afinal todos nós sabemos que a rejeição e a discriminação para ex-presidiários é constante.

Procurando uma resposta para o que acarretou Jamys a entrar no mundo do crime, podemos citar diversas coisas, mas nada com certeza ou exatidão, afinal teríamos que fazer um trabalho psicológico com ele, e averiguar toda sua vida e com todos que ele conviveu. Algo que considero que não seja viável no momento. Agora afirmar que ele já nasceu predestinado ao crime, isso é algo totalmente sem nexo, ter uma vida e pais considerados ‘normais’ não é certeza nenhuma que certo indivíduo será um “bom sujeito” uma pessoa “honrada”, honra, aliás, que se conquista e não se nasce com ela, honra, aliás, que Jamys adquiriu com a certeza que hoje proporciona o bem com o seu trabalho e esforço. Então esse fator não determina nem objetiva coisa alguma, porque se fosse assim, não devíamos ver quase todos os dias nos noticiários, filhos de grandes empresários, desembargadores, com uma família bem estruturada, cometendo crimes de furto ou homicídio, pessoas que tem tudo na vida, mas na cabeça NADA. Não estou querendo justificar nenhum crime cometido pela sociedade menos favorecida, os considerados miseráveis, Sim Miseráveis! Porque não devemos fechar nossos olhos e fingir que a desigualdade da nossa sociedade não esteja num estágio muito além do crítico, algo que como dizia o inglês Thomas Hobbes, o homem é o lobo do próprio homem, temos então um abismo entre os mais pobres e os mais ricos, o que leva a pressupor que boa parte dos crimes cometidos pelos mais pobres são por necessidade, por precisarem alimentar suas famílias, afinal considero que só quem já passou fome na vida, sabe do que é capaz de fazer para suprir o mesmo. Podemos buscar em Karl Marx a teoria perfeita para descrever nossa realidade social, ele dizia que o capitalismo (nosso sistema político monetário) contém o germe da sua própria destruição, que seria uma exploração do povo em busca do lucro para poucos. Ele também previu um colapso do capitalismo que muitos acreditam que nunca ocorrerá, porém podemos afirmar que estamos diante de tal colapso. Consideramos então que o meio foi motivo para o seu ingresso no crime, mas devemos mesmo levar em conta, já que Jamys adequou sua personalidade e sem dúvida para melhor.

A delinqüência sempre revela, através de um comportamento, um duplo fracasso, o fracasso pessoal e principalmente o fracasso do nosso Estado que não propicia ao indivíduo recursos adequados para um desenvolvimento sadio. É certo, que assim como Jamys, todos os outros presidiários irão um dia sair da cadeia, ressocializados ou não. São mais de 8 mil presos, com mais da metade sem o ensino fundamental completo, e o Estado ainda diz que dá educação, emprego e toda assistência necessária, mas sabem quantos que supostamente estudam ou trabalham? 2 mil. E os outros infelizmente não fazem nada, ficam a mercê da chamada ‘escola de bandidos’ e consequentemente saem dos presídios muito piores. Essa é a realidade do Distrito Federal, mas não a realidade de Jamys, que deu o primeiro passo em busca da sua ressocialização e de sua melhora pessoal e profissional.

Desculpem-me o termo, mas a sociedade brasileira é muito preconceituosa e hipócrita. Uma sociedade que, se de um lado faz leis que defendem a igualdade e punem qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais, de outro, marca, para sempre, os infratores. A sociedade luta por vingança e não por justiça.

A sociedade não perdoa os criminosos, querendo usurpar deles um de seus direitos mais vitais, como a educação. Como pode uma pessoa se reintegrar à sociedade se esta mesma não permite? Se não há perdão que haja, ao menos, tolerância da vontade da lei. Igualdade perante e entre todos? Até quando nossas leis serão apenas folhas de papel?

Para finalizar surge a pergunta: De que lado devemos ficar? Eu lhes respondo caros colegas, do lado da justiça e do que é certo, dos direitos humanos, do lado da certeza que uma pessoa tem o direito de ter uma nova chance, de andar nas ruas de cabeça erguida com orgulho de ser cidadão e que proporcionará o melhor para si, para sua família e para a sociedade, que em vez de causar vergonha a sua mulher e seu filho, será presente para dar educação e não deixar acontecer com seu filho o que aconteceu com ele mesmo. Façam um exercício mental, quem dos senhores aqui presentes se estivessem na mesma situação dele não gostaria de ter uma nova chance para recomeçar dignamente a sua vida? Quem dos senhores se fosse mãe, pai, mulher ou filho de Jamys, não iria torcer e acreditar que ele está mudado e pode muito bem conviver socialmente? Poucos aqui tenho certeza, se colocaram nessas situações que citei, afinal julgar pra quem está de fora é fácil, mas só quem está dentro da cadeia por 12 anos, sabe o melhor que pode conquistar com a liberdade, isso é mais que motivo para acreditar na ressocialização de Jamys.


Todos os dias ainda convivemos com uma realidade em que a mulher é descriminada, dentro e fora da sua casa, seja pelo seu marido ou seu chefe, o texto abaixo cita algumas caracterítiscas que nos levam a pensar; Será mesmo que é a mulher a grande vítima da sociedade ? Desigualdade pode ser a melhor palavra para descrever a situação, mas considero que PRECONCEITO não.




O movimento feminista diz que a mulher sofre muito mais preconceito que o homem. Mas será mesmo ?

Olha o que muita gente pensa em algumas ocasiões:

• Duas mulheres andando de braços dados na rua: amigas.
• Dois homens andando de braços dados na rua: homossexuais.

• Mulher de camisa azul: normal.
• Homem de camisa rosa: homossexual.

• Mulher dizer que usa cueca: antenada com a moda.
• Homem dizer que usa calcinha: homossexual.

• Mulher posar nua para revista: nu artístico, só pousou pelo dinheiro.
• Homem posar nu para revista: homossexual exibicionista.

• Mulher dar palpite na roupa da amiga: só quer ajudar no visual.
• Homem dar palpite na roupa do amigo: homossexual

• Mulher caminhoneira: pioneira.
• Homem empregado doméstico: homossexual.

Bom, são coisas a se pensar.


Será possível alguém se apaixonar ou até mesmo amar alguém de verdade, apenas pelo contato virtual ? Realmente uma boa incógnita, á quem diga que sim, e outros que não, afinal controvérssias sempre existirão. Sinceramente, acredito que seja possível sim, por experiência própria posso afirmar. Ultimamente me vejo numa situação bem semelhante a essas em que ouvimos pessoas falarem que encontraram a 'cara metade'. Exagero meu ? Talvez, ainda não sei ao certo, mas considero que tudo na vida é uma experiência válida. Obviamente devemos ter certos cuidados e critérios ao selecionar com quem desejamos manter uma boa conversa, mas tirando isso, podemos encontrar pessoas incríveis, que nos fazem sentirmos seguros, e a partir daí tudo flui bem, e a intimidade aumenta, as conversas rendem mais, e o sentimento...bom, deixar as coisas fluirem é a melhor solução. Mas quer uma dica pessoal ? Esteja preparado para tudo na vida, decepções são parte do nosso cotidiano, não espere demais de alguém, e sim de você mesmo. Mas quero terminar, dizendo que essa pessoa que me fez querer escrever sobre esse tema, é alguém incrível na minha vida, chegou no momento certo, que me estendeu a mão quando precisei, que me dá atenção, e me conquista cada dia mais, as vezes até sem perceber. Obrigado

Bom não tem música melhor que descreva essa situação do que "PENSANDO EM VOCÊ - PIMENTAS DO REINO"


Vídeo de Incentivo a leitura.
"LER DEVIA SER PROIBIDO", abaixo cito o texto na íntegra.
O autor é Guiomar de Grammon, o texto é incrível e retrata muito bem o porque da leitura.



LER DEVIA SER PROIBIDO
Guiomar de Grammon


A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular um curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova... Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.


Bom, como primeira postagem, é meio complicado direcionar para o que pretendo falar. Acho que nem sei o que pretendo! Estarei sempre comentando sobre os meus dias, acontecimentos, fatos, e ao fim, sempre recomendando uma música que tenha haver com o momento.
Já ia esquecendo de me apresentar:

Meu nome é Fagner Vasconcelos, tenho 18 anos, curso Direito e moro no Distrito Federal.

Ontem, dia 22 de setembro, apresentei um trabalho para a disciplina de Língua e Comunicação, cujo tema era 'Qualidade da leitura na contemporaneidade', nossa, é decepcionante ver como a leitura está se tornando algo 'fora de uso' nos dias atuais, crianças, jovens e adultos, não possuem de forma alguma o hábito de ler e consequentemente de escrever e falar bem. Um das dicas que apresentei para uma possível solução, seria as pessoas possuirem blogs, afinal é uma forma de se expressar, e colocar em prática o que você aprende com a leitura. Então pensei, ótima lição de moral essa minha, que dá várias dicas, sendo que não sigo nem a metade delas, por isso me instiguei a criar esse blog, com o intuito de poder compartilhar com vocês, caros futuros colegas, experiências do dia-a-dia, a troca de informações é essencial para que tenhamos uma mente aberta e receptiva para os mais diversos tipos de coisas.

Recitei um pedaço de um texto chamado LER de LUIS FERNANDO VERÍSSIMO e gostaria de repassar a vocês.

Ler é o melhor remédio

Leia Jornal
Leia outdoor
Leia letreiros da estação de trem
Leia os preços do supermercado
Leia alguém
Ler é a melhor comédia
Leia etiqueta jeans
Leia histórias em quadrinhos
Leia a continha do bar
Leia a bula de remédio
Leia a página do ano passado perdida no canto da pia enrolando chuchus(...)
Leia a vida...
Leia os olhos, leia as mãos, os lábios e os desejos das pessoas
Leia a interação que ocorre ou não entre física, geografia, informática, trabalho, miséria e chateação
Leia as impossibilidades
Leia ainda mais as esperanças
Leia o que lhe der na telha, mas leia e as idéias virão.

E hoje termino com a música 'Nem um dia - Djavan, mas cantada por Jorge Vercilo', afinal aqui no DF está muito frio, e nada melhor que um dia frio e um bom livro.